terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Amor-te (O Desenho)


Sempre me foi difícil mostrar os sentimentos.
A questão é que nem é bem mostrar, porque mostrar é fácil,
as pessoas podem é não entender.

Mas falo de dizer coisas bonitas.
De admitir que realmente se gosta.
De por de lado o orgulho ou a frieza.

Dormi.
Sonhei.

Acordei sobressaltada.

O medo de te perder, subiu-me pela espinha
como um arrepio de frio, daqueles que nos fazem pensar que raio de espírito maligno nos assombra.


No meu sonho não havia sol,
nem chuva,
nem nem frio,
nem calor.
Nem ar.

Por conseguinte...
Nem vida.

Agora, tenho novamente medo de adormecer, por ter medo de morrer.


A morte perseguiu-me incansavelmente por todo o sonho,
por uma estrada sem fim,
onde nada parecia real,
onde tu não estavas.


E então, como posso despedir-me do meu grande amor?
Dizer-lhe tudo o que sinto...
...finalmente?

Admitir, que ele é toda a razão pela qual eu tenho vivido até agora...
...finalmente?

Mostrar-me arrependida por nunca lhe ter mostrado o suficiente?


Acordei.
Ao que parecia, não havia respostas para mim.
Não naquele sonho.
Mas talvez as encontrasse na vida.


Levantei-me,
molhei a cara com água fria.
O meu rosto ainda tinha a mesma expressão pálida, apática.

Até que decidi escrever tudo aquilo que se tinha passado.


"Meu Grande Amor...

Dormi. Sonhei. Acordei sobressaltada. O medo de te perder, subiu-me pela espinha como um arrepio de frio, daqueles que nos fazem pensar que raio de espírito maligno nos assombra.

(...)

E por isso te escrevo em voz baixa, para não acordar a morte.

Até Sempre."

5 comentários:

Kamon disse...

Elogiar, acto tão simples, simbólico de apreço e muitas vezes hipócrita que o meu arrogante cérebro não consegue processar. (tal como este pc que não conseguiu processar o primeiro comentário, obrigando-me a escrever um novo...) Esta não é a última oportunidade de elogiar o teu texto que tenho, ao contrário de ti quando acordaste do teu pesadelo cheio de morte, contudo assim o farei, porque contigo até posso mostrar a parte fraca e elogiar-te. No entanto, devo dizer que está um pouco aquém do texto dos labirintos.

Maggie disse...

Este texto não foi uma inspiração divina.
Tive de me obrigar a escrevê-lo, daí não ser uma masterpiece, mas apenas um exercício de escrita.

Mas obrigada pelo elogio =) (dificilmente arrancável!)

Anónimo disse...

Gostei bué (fica mal dizer isto num circulo de escritores como vocês?) da ideia, fez-me lembrar cenas que eu tento desenvolver...coisas diferentes de textos com principio meio e fim...a forma da escrita tambem ta gira, mas a serio...nao tenham medo da prosa que ela nao morde...

desculpa os erros, sodona escritora.

Anónimo disse...

Acompanha o meu blog, por favor.

L.

Anónimo disse...

Acompanha o meu blog, por favor.

L.