domingo, 19 de dezembro de 2010

The Guide.

@ Karlovy Vary (Spa City), Western Bohemia, Czech Republic

Nos meus sonhos, vi-nos aqui.
Vi-me a ti e a mim, daqui a uns tempos. O meu cabelo era diferente e tu usavas um casaco comprido, preto, bastante quente. Já era Inverno. Querias enrolar-me em ti, debaixo do teu braço protector e eu, orgulhosa, como sempre, disse que não tinha frio. Sabias que eu queria, por isso ignoraste o que disse. Gostava desse teu modo de ser, um bom conhecedor da minha personalidade.
Tínhamos mudado de nomes e fugido só nós os dois. O nosso carro e a nossa língua eram as únicas coisas que nos ligavam ao nosso país de origem. Não estávamos arrependidos. Pelo menos não parecíamos. Sorríamos, ríamos e gozávamos com toda a gente, gente que não nos percebia, claro.
Apanhávamos chuva e não nos importávamos, porque sabíamos que a seguir íamos para uma casa, só nossa, onde estava quente e onde éramos felizes.
Foi um sonho rápido, daqueles que duram horas, mas no entanto, só duram alguns minutos. Parecia tão real, tão real, que quando acordei queria acordar-te, saltar, abanar-te e dizer-te: Vamos fugir, meu amor! Levamos o nosso carro, umas quantas roupas, e vamos. Sem medos. Vamos?
Queria tanto que dissesses que sim. Talvez um dia te pergunte. Talvez um dia sejas tu a perguntar-me. Talvez um dia.

sábado, 18 de setembro de 2010

True Story.


E enquanto passo por cima do rio, como que flutuando, olho de cima para as pessoas que passeiam no longo caminho à beira deste, caminho feito de pedras de calçada iluminadas pelo sol das seis de uma tarde, num dia já não de Verão, recordo-me de ti e das nossas mãos dadas, a passear, e imagino como seria se fossemos nós aquelas pessoas pequeninas e outra pessoa nos visse de cima e tivesse saudades do mesmo.
(...)
E enquanto chego ao meu destino, que não é realmente o meu destino, penso na vontade que tenho de voltar para trás, ignorar o tempo, correr atrás de ti e abraçar-te, num abraço sem fim. É uma vontade muda de gritar mais alto, que tu és o meu destino e a única vontade de caminhar para lá, para o que é o meu verdadeiro destino.






domingo, 18 de julho de 2010

He Says This Is An Hardcore Song I Say This Is Late Night Stupid Stuff



I love you but I can't stop being impulsive;
I'm sorry sweetheart.

I love you but I can't stop being impulsive;
I know you are going to leave me because of that.

I love you but I can't stop being impulsive;
I can't help it,
Please don't leave me because of that because I will be nothing without you.

I love you but I can't stop being impulsive;
It's everyday because of me,
'Cuz I'm fucking impulsive and all I want is to hurt myself.
And I'm sorry for that also.

I love you but I can't stop being impulsive;
I'm mad at me.
I hate...
I fucking hate myself.

YEAH!
I fucking hate my fucking self.

FUCK!


(foto de Manuel Lino)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Intravenous Lidocaine, Please.








My heart is so needing you, right now.







domingo, 20 de junho de 2010

Fluoxetine.




Era tudo o que me apetecia naquele momento.





Mais precisamente, o que me apetecia era mesmo o nada.
Queria ter um momento descansado, sem fluxos de pensamento.
Sem problemas.
Deitar-me na cama e usufruir de uma cabeça vazia.
Relaxar.

Já não aguentava mais as dores no peito.

Os nós dos meus dedos sangravam.
Não suportava mais ver o meu reflexo no espelho.
Tive de o partir, num momento de raiva.
Debrucei-me sobre o lavatório e ingeri aquilo que ia ser o meu momento de paz, ainda que com algum sangue à mistura.

Senti um arrepio de frio, como se alguém me observasse.
Já estará a fazer efeito? A paranóia está a apoderar-se de mim.
Voltei ao meu quarto e deitei-me.
Limitei-me a observar o tecto, ansiando por tudo aquilo que desejava.


Obrigada pelas críticas positivas que já me deram em relação a este texto.
Caso queiram sugerir uma espécie de final, podem propor-mo e eu posso tentar escrever.
Ah, se não souberem o que quer o título dizer, procurem. É importante para que percebam o texto!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Life Is Too Short To Be Wrong."

Um dia vou ter uma conversa sobre o tempo.
Hoje não é o dia.


Hoje o tempo não me interessa.
Hoje o tempo está a passar devagar.
O sôfrego tempo demora.
Enfim.

domingo, 18 de abril de 2010

Song #1 - For My Non-Existing Band


Do you remember the day when you've left me behind?
The look in your eyes was cold as ice,
And I never saw your smile again.

It's hard to say this, but I guess that I miss you.
'Cuz I still feel your arms around me,
And I still feel your smell on my hands and my clothes.

Believe me - I am lost again.
Don't hate me - I still need you.
Beware me - I can bring you back to me.
I'll put you through all the pain you gave to me.

You can't even imagine this feeling.
It aches when I breathe.
It burns inside when I cry.

It's really hard to say this, but I really miss you.

Believe me - I am lost again.
Don't hate me - I still need you.
Beware me - I can bring you back to me.
I'll put you through all the pain you gave to me.



---

Gostava que alguém cantasse as minhas letras. =\

domingo, 21 de março de 2010

Today For You, Is A Bloody Day



Espero que saibas que todas as nossas acções nos trazem consequências.
A mesma regra não é aplicável a todas as diferentes pessoas.
Mas tudo passa rápido,
É disso que te vales.

Já Cheguei,
Já conquistei,
Já...
Já te abandonei.

Só venho aqui dizer-te que desta vez escolheste o caminho errado.
Só venho aqui anunciar-te um futuro escuro e sangrento.

Chama-se...Previsão.
Eu previ isto.
Eu previ-te.
És tão previsível.
Mas acabou por aqui.

Comigo, não. Jamais.
Revoltei-me e jurei vingança.
Agora não há volta a dar.

Espezinhei-te as mãos, enquanto te olhava nos olhos.
Puro regozijo.
Fazer-te o que já tantas vezes fizeste. Foi perfeito.
O meu olhar demonstrava ódio, desprezo.
As tuas palavras gastas já de nada me serviam,
O destino estava traçado.
Já não há volta a dar.

Sabes? Vou sentir a tua falta.
Gostava que pensasses que todos acreditavam nas tuas frases sem significado.
Eu não. Eu sempre soube. E aguardei a minha vez.

Não te perdoo! - gritei.

Murmuravas.
Aproximei-me.
(Queria tanto que de uma vez por todas me dissesses a verdade.)
O sangue escorria-te pelo canto da boca e as lágrimas de sabor a fel caíam.
(O meu coração batia mais forte.)
Prefiro morrer a ser como tu queres que eu seja - disseste em sofrimento.

Deu-se a explosão de sentimentos.
Eu não merecia.
E tu não me merecias.
Adeus.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Afasia


Troquei as palavras.
Enchi-me de rodeios.
A conversa já não sai naturalmente.
A minha língua enrola-se sempre que preciso de te dizer...

Já não dá. O estado avançado da "coisa" não me permite avançar.
As palavras não fluem.
Não me interpretes mal, não é nada disto que quero dizer.

Odeio-te cérebro. Porque não pensas só quando deves pensar?
Quero expressar-me, mas o som não sai.
Só palavras mudas, sem sentido e sem significado.

Nem por gestos consigo exprimir-me, a minha linguagem corporal não demonstra os meus verdadeiros sentidos.
Tudo o que consigo dizer são circunlóquios.
Sinto-me enrolada.
Tenho muito para te dizer, mas não posso.



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Listening to: Hills Have Eyes - Tombstone <3

Pic Taken By: Cris

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

My Road Ends Here.

"Foi só um sonho, relaxa."

- Só um sonho? Como ousas dizer "só um sonho"?
- Foi tudo o que sempre quis.
- Eu não falei em pesadelos, falei em S-o-n-h-o!
- Sabes o que é?
Eu sei que não sabes...Nunca sonhaste com nada.
Sempre tiveste tudo.
Para mim acabou.
- Vieste, conquistaste e estragaste tudo.

Tudo desapareceu.
Tudo desapareceu, como uma gota de chuva desaparece quando cai numa poça.
É só mais uma gota a cair numa poça, quem nota?
E eu sou só mais uma na lista de perdidos.
Uma lista de perdidos que não tem um fim.

- Só tenho a agradecer-te por tornares tudo tão mais fácil.
O fim nunca esteve tão perto.
Nem a minha vontade de desistir.
Nem a minha vontade de nunca mais sonhar.
Tudo caiu por terra.
Só precisava de uma desculpa para nunca mais tentar.
- Obrigada. Agora só me resta o adeus.

- Talvez quando eu desaparecer ele repare que eu alguma vez existi.
Vou fazer por isso.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Exercício Mental e Verbal #1

Quando as pessoas já estão cansadas da sua rotina diária e se remetem para o seu pequeno canto, surgem criações, devaneios.

(...)

Lomb: É. As pessoas são cópias do do mesmo livro, mas versões diferentes.
Sei lá, num mundo infinito as verdades podem ser mentiras e as mentiras verdade;

Maggie: Ou cada pessoa tem a exclusividade de um mundo infinito dentro de si.
Um mundo que é capaz de abrir as suas enferrujadas portas, para um universo tão ou mais infinito que aquilo que qualquer um de nós alguma vez achou que fosse possível;

Lomb: Abriu-se.
Um mundo onde os que entendem podem respirar.
É um mundo giro, mas também faz doer;

Maggie: É a dor que nos dá força para respirar.
A ambição de chegar mais longe e de descobrir que no fim do arco-íris - que não é o sonho - existe a resposta para todas as angústias de uma vida passada, permite-nos caminhar.
É uma força inexplicável, sentida apenas por aqueles que respiram;

Lomb: Cem sentidos, sem sentido.
Um buraco sem fundo, é a minha mente.