terça-feira, 25 de novembro de 2008

Contrariedades


[...]Fechei os olhos para não te ver partir
Por sorte, e por mais que fosse contra a minha vontade,
não o fizeste.



As roupas rasgavam-se de raiva
E as palavras eram atiradas como pedras, e doíam,
doíam contra a pele queimada pelas ácidas lágrimas.

"A tua língua é fel! Que a mordas para sentires a amargura que tudo isto tem sido."


E já levantávamos a mão para nos batermos,
mas aí, viraste as costas para te ires embora,
e eu Fechei os olhos, para não te ver partir.

Não o merecia,
Mas Por sorte, e por mais que fosse contra a minha vontade,
não o fizeste.
Voltaste como se nada tivesse acontecido e
abraçaste-me,
e eu afastei-te, mas não valia a pena porque iria haver sempre o perdão,
e tu não me largavas,
e eu orgulhosa, lá deixei, e também te abracei.

Que raiva! - pensei, enquanto cerrava os punhos;

O amor tem sempre mais força, não é? - respondeu, como que lendo os meus pensamentos



Demos as mãos e corremos pela chuva,
que ia deixando de cair à medida que o nosso estado de espírito se diluía.


Haveremos de tropeçar em mais buracos, e cair.
Mas teremos sempre uma mão a dar-nos ajuda para nos levantarmos.

"- E o orgulho, que lhe fazemos?
- Utiliza-o para alturas em que seja preciso, porque no amor, o único orgulho que deveríamos ter,
é o orgulho de nos termos."


sábado, 22 de novembro de 2008

Linhas Cruzadas

Saí de mim, naquela noite, e fugi para o labirinto da escuridão.


Os meus olhos não viam, só os meus ouvidos ouviam.
Perdi-me nos meus passos, tentando lembrar-me de um caminho...
De um caminho que me levasse à felicidade.
Mas não o encontro.

Não me encontro.
Quanto mais avanço, mais me perco neste turbilhão de sentimentos.

Até que sinto a presença de alguém...
Tu no meu labirinto?
Talvez...Talvez até estejamos perdidos no labirinto um do outro e não sabemos o caminho de volta.

Também não me vias. Mas sentias o mesmo que eu.
Sentias que nos sentíamos.
Sentias que ambos tínhamos de estar ali. Sabias que era o nosso destino.
Sabias que nos tínhamos de perder, para nos voltarmos a encontrar.

E só assim o descobrimos.
Só assim descobrimos o amor, perdido no labirinto.